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Terceira Fase
Período de 1942 até o fim da novela



Dona Lola está mais velha. Clotilde voltou para ao interior para ajudar a outra irmã, Olga, que é cheia de filhos. Dona Lola, sem ter onde morar, vai para casa de Isabel e Felício. Eles vivem bem e tem dois filhos. Mas Lola se sente muito mal ali e ainda teima em não aceitar o casamento dela, mas tem uma grande admiração, ainda que não confesse, por Felício; Isabel é feliz com ele e isto deixa dona Lola também muito feliz.

O tempo que dona Lola passou no Rio de Janeiro na riquíssima casa de Julinho foi como um pesadelo. Todos faziam o possível para demonstrar que ela era uma intrusa ali. Julinho era completamente dominado pelo dinheiro da mulher e dos sogros. Lola se sentia muito mal. Os turcos falavam de Júlio como se ele não tivesse sido nada, e ele deu sua vida por aquela loja. Seria um crime tão grande não ter cinqüenta contos naquela época para entrar de sócio ? E o Julinho tinha mudado tanto, estava aprumado, bem vestido, bem falante. Venceu na vida.

Ele estava bem e ela apesar de tudo ficava satisfeita com a felicidade do filho, embora ele muitas vezes não lhe mandasse dinheiro que lhe prometera da venda da casa.

Alfredo escrevia sempre que podia, e isto era muito raro, porque ele viajava muito; voltou mais uma vez para o Brasil e sempre foi visitá-la; trazia presentes e depois partia outra vez. O único que continuava era Carlos, esse ela podia visitar sempre no cemitério.

Dona Genu sempre a visitava e elas comentavam muitas coisas. A morte da tia Emília, o casamento de Lúcio com Carmencita e a adoração que tinha pelo neto, que sem saber era neto de Lola. Genu não se conformava de dona Lola querer morar sozinha, insistia para ela ficar com a Isabel e os netos. Mas Lola quer sair dali, sente que cria problemas para a filha e pretende se mudar para um pensionato de freiras. Teria o seu quarto, as suas poucas coisas, e as madres lhe fariam companhia.

No pensionato, de vez em quando Isabel ia visitá-la e levava os netos. Felício é como Carlos, tem uma grande ternura para com a mãe. Depois eles vão embora e dona Lola fica só.

Quase todos os dias vai passear sozinha na avenida Angélica, que está tão mudada. Só a casa continua lá e a família que agora mora na casa já se habituou a ver uma senhora que fica parada do outro lado da calçada olhando, e depois vai embora, sem falar com ninguém.

Dona Lola volta para o pensionato e se refugia em seus pensamentos. Não se lamenta, se fosse preciso recomeçar novamente, faria da sua vida a mesma coisa que sempre foi, de sacrifícios e devotamentos. Ela se sente feliz porque cada filho seguia o caminho escolhido. Lembrou-se que todos os anos recebia do interior um grande pacote com "seis" latas de goiabas em calda, "seis" tijolos de pessegada e "seis" caixinhas de figos cristalizados, e que no seu último aniversário Clotilde lhe mandou um pacotinho que ela abriu com grande curiosidade. Havia "uma" lata de goiabas, "um" tijolo de pessegada e "uma" caixinha de figos cristalizados, apenas. Na sua solidão, dona Lola não se sente derrotada. Toda uma vida cheia de sacrifícios e devotamento é a sua recompensa. Apesar de tudo, ela sente que cumpriu a sua obrigação de mãe, de filha, de irmã, de amiga. E esse é o seu grande orgulho e a sua felicidade.

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