Éramos Seis
Segunda Fase

Home

Primeira Fase
Segunda Fase
Terceira Fase
Personagens
Elenco
Notícias
Contate-nos
Músicas
Fotos


Anúncio publicado pelo Soft Click

Segunda Fase


Aos poucos os filhos vão sendo mostrados, agora já moços e em suas novas atividades. Alfredo continua o mesmo vagabundo de sempre e vive em farras com amigos cafajestes; só agora é que terminou o ginásio, quase que obrigado pelo pai. Carlos entrou na escola de medicina e cursa o primeiro ano. Isabel está no segundo ano do Normal e Julinho começa a estudar engenharia.

Clotilde passa a morar com eles e quando está prestes a se casar com Almeida, descobre que ele é casado. O seu mundo desmorona. Apesar dele não viver mais com a mulher, Clotilde não tem coragem de enfrentar o falatório das pessoas e se unir a um homem separado. Ele parte e ela fica amargando o seu amor perdido.

Dona Lola, apesar de todos os problemas, está feliz no seu trabalho diário. Tudo corre bem, mais dois anos e a casa estará totalmente paga, os filhos encaminhados, parece que Deus foi muito bom com eles. Júlio e Lola se orgulham muito dos filhos e acreditam que Alfredo ainda se emendará, terá que se mirar no exemplo dos outros irmãos. E todos eram felizes.

Uma noite dona Lola acorda com os gemidos do seu Júlio. Faz chá para ele, coloca a bolsa de água quente no estômago dele e nada. A dor continua. O médico é chamado e o diagnóstico é lacônico, ele precisa ser operado imediatamente. Todos se assustam. Seu Júlio foi para o hospital. Depois da operação, conversou com todos os filhos, especialmente com Isabel. Quantas coisas gostaria de ter dito a eles a vida inteira, e agora queria dizer tudo de uma vez, o tempo foi curto, um hiato entre a mesa de operação e a morte não dá para dizer o que se guardou uma vida inteira.

O enterro foi simples. Dona Genu, como sempre, ajudou. Na volta para casa, dona Lola não podia acreditar que tudo aquilo tivesse acontecido tão de repente. A partir daí uma mudança radical se deu na vida de todos eles.

Carlos abandonou os estudos e foi trabalhar em um banco, num emprego arrumado por tia Emília. Era um bom funcionário, mas não queria de maneira nenhuma saber de acabar seus dias naquele banco. Queria muito continuar os estudos, mas sabia que de agora em diante seria impossível, era o cabeça da casa, o mais velho, dependiam dele. Ele agora era o responsável por tudo e sentia este senso de responsabilidade com toda a força. Não conseguia se separar dele. Iria sustentar a família, custasse o que custar, esta era a sua obrigação, era isto que a mãe esperava dele.

Alfredo muito contra a vontade, arrumou um emprego em uma oficina mecânica. Dizia que queria ser mecânico, mexer em automóveis era o seu sonho. Trabalhava de macacão e quase sem horário fixo, continuava a sair com seus amigos, a ir aos domingos aos cabarés, aos teatros de revista. Estava sempre rodeado de mulheres vulgares e torrava todo o dinheiro que ganhava. Nunca levou um vintém para casa, enquanto que Carlos entregava o envelope fechado do salário para mãe. Isto fez com que várias vezes os irmãos brigassem e a mãe tivesse que intervir para que não se matassem.

Julinho passou a trabalhar na loja do seu Assad. A família de Luci gostava dele. Achava-o esperto e de grande futuro. Também parou com os estudos, na verdade a sua grande vocação era mesmo o comércio. Queria fazer dinheiro rápido, enriquecer, sair da pobreza em que sempre viveu. A sua amizade com Maria Laura, agora também uma moça, crescia dia a dia. Embora ela não fosse uma moça bonita, ele se dava muito bem com ela e alimentava a idéia de se casar e com isto melhorar muito a sua condição financeira. Lili, a filha de dona Genu, tinha um grande amor por ele, e eles namoraram durante algum tempo, mas com a possibilidade de um casamento rico, Julinho estava balançando entre o amor e o dinheiro.

Isabel foi a única que continuou estudando, os irmãos se cotizavam para isto, menos Alfredo, que reclamava que ganhava muito pouco, não dava nem para ele. Isabel levava a sua vida de menina mimada, namorando despretensiosamente com Lúcio, o filho de dona Genu, até que alguma coisa melhor aparecesse. Tinha amigas na escola Normal de um nível financeiro muito superior ao seu. Não se conformava de não ter as mesmas coisas que as outras meninas tinham e muitas vezes obrigava dona Lola a fazer um vestido novo, da noite para o dia. Dona Lola compreendia e fazia os gostos da filha.

Dona Lola sabia que o que estava ganhando com o tricô não significava mais nada e se propõe a fazer doces para fora, revivendo assim a velha atividade da mãe. Clotilde, já uma solteirona, vem morar com eles, e juntas elas começam a aceitar encomendas para festas. A primeira dificuldade que eles encontram era o capital para comprar os alimentos.

Já deviam uma enormidade no armazém de seu Alonso e dona Pepa. Dona Lola estava com vergonha de pedir fiado novamente. Assim se dispôs a percorrer quase todos os armazéns da redondeza e os distantes também, na esperança de que alguém lhe fiasse, mediante a mostra de pedidos dos doces. Foi um sacrifício inútil. Depois sem nenhuma opção, teve que recorrer ao seu Alonso que contrariando a mulher, emprestou os mantimentos para dona Lola. Os doces foram preparados e assim que o dinheiro começou a entrar o armazém foi sendo pago gradativamente.

Carlos continuava namorando Carmen, filha dos donos do armazém. A mãe dela, dona Pepa, sonhava com um casamento muito melhor para a filha, e era frontalmente contra o namoro. Sempre que podia, influenciava a menina contra Carlos, que continuava trabalhando em seu emprego no banco, sem melhores perspectivas de vida.

Alfredo perde o emprego depois de roubar umas peças para vender. Tem uma violenta briga com Carlos, e eles quase nem se falam mais. Dona Lola inutilmente tenta conservar a paz em seu lar. Alfredo não procura emprego e passa os dias dormindo em casa, e engana a boa fé da mãe, pedindo dinheiro emprestado, dizendo que vai procurar emprego e gastando sempre em farras e mulheres. Começa a freqüentar reuniões políticas, o que é uma grande preocupação para dona Lola, que tem medo que ele se envolva em encrencas maiores. Alfredo sabe muito bem como levar a boa fé da mãe e sobreviver sem que tenha que trabalhar como os outros irmãos.

Julinho recebe uma proposta de seu Assad, que pretende abrir uma filial da loja no Rio de Janeiro e se muda para lá, rompendo definitivamente o namoro com Lili. Dona Lola sofre muito com o desligamento do filho, mas acredita que seja para seu bem e concorda com a ida do filho para o Rio, embora isto lhe cause grande tristeza. Julinho se muda de vez, e às vezes escreve para a mãe, cartas que são lidas com toda a família presente.

Isabel conhece numa festa na casa de uma amiga, Felício e se apaixona por ele. É um homem muito mais velho do que ela, fascinante e seguro, porém com um problema que ela tenta manter escondido da família: ele é desquitado. Repete-se assim o mesmo esquema que transformou Clotilde em uma solteirona. Isabel esconde o mais que pode da família o romance com Felício.

Dona Lola tenta fazer economias para poder comprar um fogão maior e poder aceitar novas encomendas de doces, mas como a vida fica cada dia mais cara, é obrigada a despedir Durvalina, fiel empregada de tantos anos. As coisas começam a ficar mais difíceis. Faltam apenas algumas prestações da casa, e eles se esforçam para pagá-las. Clotilde nesta época foi de grande valia para Lola, pois dizia sempre : Ao menos temos um teto, Lola. Isto é o principal, o resto se arranja. Come-se pão e banana se for preciso, mas a casa é nossa. Ninguém tira. Uma noite dona Lola acorda com os gemidos do seu Júlio. Faz chá para ele, coloca a bolsa de água quente no estômago dele e nada. A dor continua. O médico é chamado e o diagnóstico é lacônico, ele precisa ser operado imediatamente. Todos se assustam. Seu Júlio foi para o hospital. Depois da operação, conversou com todos os filhos, especialmente com Isabel. Quantas coisas gostaria de ter dito a eles a vida inteira, e agora queria dizer tudo de uma vez, o tempo foi curto, um hiato entre a mesa de operação e a morte não dá para dizer o que se guardou uma vida inteira.

O enterro foi simples. Dona Genu, como sempre, ajudou. Na volta para casa, dona Lola não podia acreditar que tudo aquilo tivesse acontecido tão de repente. A partir daí uma mudança radical se deu na vida de todos eles.

Carlos abandonou os estudos e foi trabalhar em um banco, num emprego arrumado por tia Emília. Era um bom funcionário, mas não queria de maneira nenhuma saber de acabar seus dias naquele banco. Queria muito continuar os estudos, mas sabia que de agora em diante seria impossível, era o cabeça da casa, o mais velho, dependiam dele. Ele agora era o responsável por tudo e sentia este senso de responsabilidade com toda a força. Não conseguia se separar dele. Iria sustentar a família, custasse o que custar, esta era a sua obrigação, era isto que a mãe esperava dele.

Alfredo muito contra a vontade, arrumou um emprego em uma oficina mecânica. Dizia que queria ser mecânico, mexer em automóveis era o seu sonho. Trabalhava de macacão e quase sem horário fixo, continuava a sair com seus amigos, a ir aos domingos aos cabarés, aos teatros de revista. Estava sempre rodeado de mulheres vulgares e torrava todo o dinheiro que ganhava. Nunca levou um vintém para casa, enquanto que Carlos entregava o envelope fechado do salário para mãe. Isto fez com que várias vezes os irmãos brigassem e a mãe tivesse que intervir para que não se matassem.

Julinho passou a trabalhar na loja do seu Assad. A família de Luci gostava dele. Achava-o esperto e de grande futuro. Também parou com os estudos, na verdade a sua grande vocação era mesmo o comércio. Queria fazer dinheiro rápido, enriquecer, sair da pobreza em que sempre viveu. A sua amizade com Maria Laura, agora também uma moça, crescia dia a dia. Embora ela não fosse uma moça bonita, ele se dava muito bem com ela e alimentava a idéia de se casar e com isto melhorar muito a sua condição financeira. Lili, a filha de dona Genu, tinha um grande amor por ele, e eles namoraram durante algum tempo, mas com a possibilidade de um casamento rico, Julinho estava balançando entre o amor e o dinheiro.

Isabel foi a única que continuou estudando, os irmãos se cotizavam para isto, menos Alfredo, que reclamava que ganhava muito pouco, não dava nem para ele. Isabel levava a sua vida de menina mimada, namorando despretensiosamente com Lúcio, o filho de dona Genu, até que alguma coisa melhor aparecesse. Tinha amigas na escola Normal de um nível financeiro muito superior ao seu. Não se conformava de não ter as mesmas coisas que as outras meninas tinham e muitas vezes obrigava dona Lola a fazer um vestido novo, da noite para o dia. Dona Lola compreendia e fazia os gostos da filha.

Dona Lola sabia que o que estava ganhando com o tricô não significava mais nada e se propõe a fazer doces para fora, revivendo assim a velha atividade da mãe. Clotilde, já uma solteirona, vem morar com eles, e juntas elas começam a aceitar encomendas para festas. A primeira dificuldade que eles encontram era o capital para comprar os alimentos.

Já deviam uma enormidade no armazém de seu Alonso e dona Pepa. Dona Lola estava com vergonha de pedir fiado novamente. Assim se dispôs a percorrer quase todos os armazéns da redondeza e os distantes também, na esperança de que alguém lhe fiasse, mediante a mostra de pedidos dos doces. Foi um sacrifício inútil. Depois sem nenhuma opção, teve que recorrer ao seu Alonso que contrariando a mulher, emprestou os mantimentos para dona Lola. Os doces foram preparados e assim que o dinheiro começou a entrar o armazém foi sendo pago gradativamente.

Carlos continuava namorando Carmen, filha dos donos do armazém. A mãe dela, dona Pepa, sonhava com um casamento muito melhor para a filha, e era frontalmente contra o namoro. Sempre que podia, influenciava a menina contra Carlos, que continuava trabalhando em seu emprego no banco, sem melhores perspectivas de vida.

Alfredo perde o emprego depois de roubar umas peças para vender. Tem uma violenta briga com Carlos, e eles quase nem se falam mais. Dona Lola inutilmente tenta conservar a paz em seu lar. Alfredo não procura emprego e passa os dias dormindo em casa, e engana a boa fé da mãe, pedindo dinheiro emprestado, dizendo que vai procurar emprego e gastando sempre em farras e mulheres. Começa a freqüentar reuniões políticas, o que é uma grande preocupação para dona Lola, que tem medo que ele se envolva em encrencas maiores. Alfredo sabe muito bem como levar a boa fé da mãe e sobreviver sem que tenha que trabalhar como os outros irmãos.

Julinho recebe uma proposta de seu Assad, que pretende abrir uma filial da loja no Rio de Janeiro e se muda para lá, rompendo definitivamente o namoro com Lili. Dona Lola sofre muito com o desligamento do filho, mas acredita que seja para seu bem e concorda com a ida do filho para o Rio, embora isto lhe cause grande tristeza. Julinho se muda de vez, e às vezes escreve para a mãe, cartas que são lidas com toda a família presente.

Isabel conhece numa festa na casa de uma amiga, Felício e se apaixona por ele. É um homem muito mais velho do que ela, fascinante e seguro, porém com um problema que ela tenta manter escondido da família: ele é desquitado. Repete-se assim o mesmo esquema que transformou Clotilde em uma solteirona. Isabel esconde o mais que pode da família o romance com Felício.

Dona Lola tenta fazer economias para poder comprar um fogão maior e poder aceitar novas encomendas de doces, mas como a vida fica cada dia mais cara, é obrigada a despedir Durvalina, fiel empregada de tantos anos. As coisas começam a ficar mais difíceis. Faltam apenas algumas prestações da casa, e eles se esforçam para pagá-las. Clotilde nesta época foi de grande valia para Lola, pois dizia sempre : Ao menos temos um teto, Lola. Isto é o principal, o resto se arranja. Come-se pão e banana se for preciso, mas a casa é nossa. Ninguém tira.

Carlos sente mais do que nunca a sua obrigação diante da família. Carmen quer que ele pense mais nela e menos na família. Mas, Carlos não consegue, é mais forte do que ele. Estão atravessando um período duro e ele sente que não pode abandoná-los. Voltase exclusivamente para o medíocre emprego no banco. Dona Pepa cada vez mais influência a filha contra Carlos: Abre o olho, minha filha, você vai ter que carregar a família dele para sempre! E o namoro deles vai esfriando. Carmen encosta Carlos na parede , ou ela ou a família dele. Ele a ama bastante, porém não pode largar a família, pede um tempo para ela.

Julinho, no Rio de Janeiro, engata um namoro bem firme com Maria Laura. Ela é prepotente e antipática, ele porém, está disposto a fazer uma bela carreira, precisa subir na vida e pouco a pouco vai conquistando a moça. Sabe como levar as coisas.

Carlos descobre o namoro de Isabel e conta para a mãe. O fato de Felício ser desquitado provoca uma forte reação em dona Lola. Ela nunca permitiria este casamento. Sonhou com a filha entrando de branco na igreja. Para isto é que a família toda trabalha e ela não. Para que Isabel tenha preparo, possa fazer um bom casamento. E um homem desquitado não oferece nenhuma garantia. Com um homem desquitado não se pode casar na igreja. Isabel enfrenta a mãe, os irmãos, e às escondidas continua a se encontrar com Felício. Ele gosta dela sinceramente e é um bom homem. Ela corresponde ao seu amor e está disposta a largar tudo por ele.

Alfredo continua a vida de boêmia e de encontros políticos em lugares suspeitos.

Dona Lola continua com seus hábitos de visitar a tia Emília, agora bastante mais velha, mas nunca tem coragem de lhe pedir o que quer que seja. Às vezes a tia Emília encomenda os doces de dona Lola. O dinheiro vai entrando pouco a pouco.

Carmen, pressionada pela mãe, rompe o namoro com Carlos. Ele recebe um grande golpe, mas não consegue deixar a família para cuidar de sua própria vida. É o melhor amigo de sua mãe e sabe que ela não poderia ficar sem ele. Dona Lola vem a saber do que se passa com o filho, tenta convencê-lo a ir com Carmen, ele não quer, acha que se ela o amasse realmente iria aceitá-lo como ele é, fala da mãe dela. Dona Lola tenta uma inútil conversa com dona Pepa. Nada pode ser feito, o romance de Carlos e Carmen acaba assim. Carlos desiludido, cada vez mais se afundando na mediocridade do seu emprego no banco.

Estoura a revolução de 32. Um período muito duro para São Paulo. Alfredo se alista, contra a vontade de dona Lola. Vai para a trincheira. Dona Lola vai até a estação de trens se despedir dele, no meio dos soldados que deixam suas famílias. Durante um longo período dona Lola fica sem notícias do filho.

Com muito sacrifício, a última prestação da casa é paga e agora finalmente a casa da avenida Angélica é deles, só que não abriga mais a seis pessoas que compunham a família da dona Lola. Agora são só Lola, Isabel, Carlos e a tia Clotilde.

O romance de Julinho e Maria Laura vai muito bem. Julinho vem para visitar a mãe e conta as maravilhas do Rio de Janeiro.

Na cidade, os ecos da revolução estão presentes. Em uma revolta de rua, com a intervenção da polícia, Carlos é morto por uma bala perdida. Justo ele, que nunca se envolveu com política, que era o único companheiro fiel de dona Lola. Ela pensa que vai morrer junto com o filho. Mas sobrevive apesar de tudo. Agora eles são apenas quatro: Lola, Isabel, Julinho no Rio de Janeiro, Alfredo na trincheira, mais a Clotilde.

Dona Lola recebe a notícia de que o pelotão em que Alfredo luta está acampado perto da sua cidade natal, no interior. Vai com Isabel e Clotilde para lá. Conseguem falar com Alfredo no meio das tropas. Ele está muito magro e acabado. Poucos dias depois é ferido e vai para um hospital. Quando a revolução acaba, eles voltam para a casa na avenida Angélica. Alfredo é quase um herói.

Durante a revolução, Carmencita, desiludida com a morte de Carlos, vai servir de enfermeira no front. Lá encontra Alfredo, os dois se envolvem. Entre eles surge um romance que resulta em uma gravidez indesejada para Carmem. Ela porém, resolve assumir o filho e conta com a ajuda de Lúcio, o sempre fiel amigo de Alfredo e apaixonado por ela.

Clotilde encontra por acaso Almeida, o seu grande amor. Ele está muito feliz e casado com uma moça bem mais nova do que ele. Relembram o tempo passado. Ela se arrepende de não ter tomado uma posição na época. Arrepende-se de não ter nada. De viver de favor na casa das irmãs. Agora é tarde.

Isabel se forma no Normal. Na festa de formatura, dona Lola a vê acompanhada de Felício. Na volta para casa elas discutem. Clotilde intervêm a favor de Isabel, não quer que aconteça com a sobrinha a mesma coisa que aconteceu com ela. Lola não concorda, é frontalmente contra o casamento da filha. Dias depois, Isabel foge de casa para se casar com Felício.

Alfredo se mete em uma encrenca quando uma das reuniões que freqüentava sofre uma batida policial. Ele é obrigado a fugir; refugia-se na casa da avenida Angélica. Logo a polícia chega e revista tudo sob um clima de terror em toda a família e principalmente em dona Lola. Alfredo consegue escapar, escondendo-se no porão da casa de dona Genu. E depois que a polícia sai, ele através do muro do quintal, se despede da mãe e resolve fugir definitivamente para os Estados Unidos da América, com o sonho de se alistar na marinha mercante.

Dona Lola quase não pode ver o filho, pois a casa estava toda vigiada. No dia seguinte, Alfredo consegue burlar os policiais, quando sai disfarçado da casa de dona Genu, acompanhado de Lili. Pela janela do seu quarto, dona Lola vê seu último filho ir embora.

Julinho vem comunicar à mãe que vai se casar com Maria Laura e que precisa de dinheiro para entrar de sócio na loja do sogro. É uma oportunidade única, a loja vai de vento em popa, ele não pode perder a oportunidade. Sugere que a mãe venda a casa da avenida Angélica; argumenta que a casa ficou muito grande para ela e a Clotilde viverem sozinhas ali. Pagaria um juro pelo dinheiro e dona Lola poderia se mudar com Clotilde para uma casa menor. Dona Lola não quer impedir a carreira do filho e vende a casa.

Cômodo por cômodo, pedaço por pedaço daquela casa que abrigou a família durante tantos e tantos anos é visitado por dona Lola antes de partir, os vizinhos, o portão, o jardim, o lugar onde Julinho sentava para ler, a porta da cozinha, onde há alguns meses atrás, ele se assustou com Alfredo, que tinha vindo dos Estados Unidos para visitá-la, o lugar onde todos se reuniram para conversar depois das refeições. Tudo isto ela deixou para trás.

Na despedida de dona Lola da casa e na sua mudança para o Rio de Janeiro, indo morar com Julinho e a família da mulher dele, se encerra o segundo período da estória.

1931-1933

A segunda fase é uma fase de complicação e mudança,o pai morre e a família fica desorientada,é a fase que a mãe percebe que os filhos não pertencem mais a ela.

Dona Lola (Irene Ravache) O papel da mãe que cria os filhos e é abandonada por eles.

clique aqui!
by Banner-Link