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Primeira Fase


Em 1921, São Paulo não era ainda a grande metrópole do Brasil, porém estava em crescente progresso. Os mais otimistas previam um brilhante futuro para esta cidade, apesar da Capital Federal estar situada no Rio de Janeiro. As pessoas trabalhavam com uma grande esperança em um futuro que era anunciado pelo Presidente e todos confiavam nos dias melhores que estavam para vir.

O sonho da casa própria e os financiamentos do governo andavam lado a lado, na esperança dos mais remediados. Assim, para terem um lugar seguro e abrigarem a família, seu Júlio e dona Lola se aventuram nas prestações da casa própria e já estavam pagando há alguns anos. Como recompensa, moravam em uma grande casa na avenida Angélica. Para um chefe de família, com quatro filhos, seu Júlio ganhava relativamente pouco, na loja em que trabalhava, no bairro do Bom Retiro; por isso, dona Lola passou a aceitar encomendas de tricô que não davam grandes lucros, mas pelo menos ajudavam em alguma coisa nas despesas da casa.

Os quatro filhos, pequenos ainda, também davam a sua quota de sacrifício. Dificilmente viam uma roupa nova, ou um sapato mais caro. Viviam com um relativo conforto dentro da casa da avenida Angélica mas, às vezes, sentiam falta disso ou daquilo que os colegas da Escola Particular de Dona Benedita possuíam. Aos quatro, com infinita paciência, dona Lola explicava o porque daquelas contenções de despesa, afinal, logo, logo... todos seriam proprietários daquela linda casa onde moravam.

Assim sendo, quase todos os luxos foram abolidos. Só se permitiam conservar a Durvalina, uma preta gorda e simpática, que dona Lola trouxera do interior, e era a empregada deles há muitos anos; ajudava dona Lola a criar os quatro filhos e sempre comentava com ela, como era possível que sendo todos vinho da mesma pipa, fossem pessoas de gênios tão diferentes.

Carlos, o mais velho, era bom e atencioso, com grande senso de responsabilidade, amigo dos seus irmãos, ótimo aluno e excelente filho. Nunca era capaz de pensar só nele. A mãe ocupava um grande e destacado lugar na sua vida; não sabia ir a uma festinha do bairro sem trazer um docinho ou uma bala para ela. Era o bom filho, no qual dona Lola depositava todas as esperanças de um grande futuro: ela tinha certeza de que Carlos iria vencer na vida.

Alfredo, o segundo filho, era literalmente o oposto de Carlos. Era egoísta e briguento. Fechado e de um gênio muito difícil, péssimo aluno, repetiu de ano várias vezes. Seu Júlio tentou matriculá-lo em uma escola pública, mas como não tinha nenhum "pistolão", não conseguiu. Dona Lola tentava explicar para Alfredo as dificuldades financeiras em que eles viviam e o que representava um ano de escola perdido, mas tudo era em vão. Alfredo não era do tipo que estudava. Adorava ficar na rua, no meio dos moleques, brincando de atiradeira e arrumando encrenca com os vizinhos. Muitas vezes chegava em casa de roupa rasgada ou machucado, o que assustava dona Lola e transformava seu Júlio numa verdadeira fera. Inúmeras foram as surras que Alfredo levou, mas nada conseguia mudar seu gênio.

Julinho, o terceiro filho, era o mais quieto dos quatro. Passava horas e horas concentrado em um livro, ou em alguma revista que lhe caísse nas mãos. Não era de brincar na rua, preferia ficar no quintal da casa. Não tinha uma personalidade forte, era uma criança muito fácil de se lidar. Brigava bastante com Isabel, principalmente quando ela queria se meter no seu mundo. Colecionava tampas de garrafas, rolhas, bolinhas de gude e coisas assim. Tinha um grande sentido de propriedade, respeitava os irmãos mais velhos, mas exigia respeito para consigo mesmo. Era um aluno razoável, não tão bom quanto Carlos, mas não dava trabalho na escola.

Isabel era a caçula mimada e a filha preferida do seu Júlio. Davam-se muito bem e Isabel sabia agradar o pai quando precisava dele, na verdade, de todos os filhos foi quem mais regalias teve, o pai adorava vê-la bem vestida e dona Lola sempre lhe fazia vestidos com os retalhos que seu Júlio trazia da loja. Isabel tinha um gênio muito difícil, porém, com o pai, ela sabia se mostrar de outra forma , dócil e boazinha. Dona Lola muitas vezes discutiu isso com seu Júlio, ele, porém defendia a filha acima de qualquer outra pessoa. E dona Lola achava isto bonito.

Não que Isabel fosse uma menina má, porém não era tão boazinha quanto pretendia aparentar.

Este era o mundo de dona Lola : a casa, os filhos e o marido. Às vezes, nas férias das crianças, ela ia com todos para o interior, na sua terra natal, e lá as crianças se esbaldavam de brincar no grande quintal da casa da avó. Seu Júlio ficava em São Paulo e continuava trabalhando na loja, inconformado com o ordenado que ganhava, trabalhava os dois períodos com um mau humor impossível de disfarçar. Era um bom funcionário, honesto e de certa capacidade, porém, constantemente irritado com o fato de não ser reconhecido pelos patrões e não ter seu salário aumentado.

Era o cabeça da loja. Nada era feito sem consultá-lo. Quantos metros de tecido foram vendidos. Que tipo de linho irlandês estava tendo maior saída. Se a seda pura valia a pena ser estocada. A tudo isso seu Júlio respondia com grande propriedade e conhecimento do seu "metier", mas muitas vezes, desgostoso, comentou com Almeida, um outro funcionário da loja, que o patrão só promovia e prestigiava o pessoal patrício. Na verdade, seu Assad gostava muito de seu Júlio, porém, achava que faltava nele uma grande dose de liderança, achava que para se comandar uma loja, por menor que fosse se deveria ser mais esperto, mais sagaz e menos submisso, porém, o considerava um excelente funcionário.

Seu Júlio, com os problemas de afirmação, sempre que saía da loja ia com Almeida para o armazém de Alonso, que ficava a poucos quarteirões da sua casa. Às vezes se excedia e chegava em casa bastante bêbado. Nestes dias, dona Lola fazia o possível para esconder o estado do pai para seus filhos e jamais permitiu que nenhum deles tocasse no assunto ou falasse alguma coisa que pusesse em dúvida a conduta irrepreensível de seu marido, apesar dela mesma se assustar muito todas as vezes que isso acontecia. Nestas ocasiões, o jantar era silencioso e seu Júlio falava muito alto com os filhos, criticava a comida e não raro batia em Alfredo ou em Carlos, se eles ousassem responder alguma coisa. A tudo isto dona Lola superava com a incrível maestria das grandes mães. Depois, já no quarto, enquanto Júlio dormia pesado, ela tentava entender o procedimento dele e sempre acabava perdoando-o.

Seu Júlio, todo fim de ano, quando deveria pagar o financiamento da casa para o governo, tinha uma crise de nervos. Ficava com pavor de perder a casa, mesmo porque, por contrato, se alguma prestação deixasse de ser paga, perderia o direito nas prestações que já haviam resgatado, e esta pavor sempre o perseguiu, aumentando assim a sua insegurança. Ele maldizia a sua situação de homem pobre. Tentou entrar para outros negócios, porém sem êxito, e permanecia na loja, à espera de melhores dias. Quando dona Lola levava as crianças para o interior, muitas vezes Durvalina ficava com ele, outras ele ficava sozinho, e aí chagava em casa altas horas, depois de passear com Almeida pelos cabarés. Nestes dias ele ficava extremamente sensível, sentia uma grande saudade da família e se orgulhava muito dos filhos que tinha. Falava da inteligência de Carlos, das molecadas de Alfredo, do jeito de Julinho e principalmente da beleza de Isabel.

Mas, no fundo, seu Júlio tinha a grande frustação de nunca ter conseguido externar o seus verdadeiros sentimentos para com seus filhos e nunca houve entre eles uma grande intimidade. Seu Júlio, meio bêbado, confessava estas coisas para Almeida, até que chegassem em casa. Aí, Almeida ia embora, e seu Júlio entrava, sob os olhares atentos de dona Genu, a vizinha da casa ao lado, grande amiga de dona Lola, que comentava com seu Virgulino, o marido dela, que era só a dona Lola levar os filhos para o interior que o seu Júlio já caía na farra.

No interior, sempre que dona Lola chegava, era uma grande festa. Dona Maria, a sua mãe, preparava os doces, que vendia para fora, em uma quantidade muito maior para que os netinhos pudessem se esbaldar e eles não deixavam por menos. Olga e Clotilde, irmãs de Lola, ainda eram solteiras. Olga era a caçula e lecionava em uma escola, numa cidadezinha perto. Namorava o Zeca desde criança, mas esperava que ele tivesse uma melhor situação na vida para poderem casar. O namoro deles ainda era escondido, pois Olga não queria que a mãe soubesse e começasse a dar palpites. Por ser a caçula, Olga era a mais despachada, a mais viva e a mais egoísta das irmãs. Na verdade, apesar de namorar firme com o Zeca, gostava de flertar um pouco com os outros rapazes da cidade; achava que se não desse certo com Zeca, provavelmente daria com outro de qualquer forma; tinha pavor de ficar solteirona e dizia sempre : Solteirona e professora... Deus me livre, é melhor morrer...

O comportamento dela dava um ciúme louco em Zeca e eles constantemente brigavam, mas como ela nunca se envolvia seriamente com nenhum outro homem, ele também tolerava na medida do possível as "coqueterias" de Olga e esperava se fazer na vida para que o casamento saísse logo. Clotilde, a irmã mas velha de Lola, era a que mais estava atrasada para o casamento. Continuava a ajudar a mãe mexendo os enormes tachos de goiabada, cortando tijolos de pessegada ou passando os figos em calda de açúcar cristal. E a vida ia andando, enquanto Clotilde esperava um grande amor.

Depois dos meses de férias, dona Lola e os filhos voltavam para casa e a vida continuava normal, a não ser quando as irmãs vinham com ela; aí seu Júlio não gostava e mantinha grandes discussões com Lola no quarto deles. Ele achava que não estava em condições de receber ninguém e que as duas só vinham dar despesas, dona Lola argumentava que elas ajudaria nas encomendas de tricô, que poderiam costurar para eles e outras coisas assim. Seu Júlio, mesmo sem estar convencido, saía do quarto e se sentava na sala, junto das cunhadas e lia jornal ou batiam longos papos sobre o pessoal do interior, isto dependendo do seu humor. Dona Lola, como sempre, contornava tudo.

Quando as irmãs estavam aqui em São Paulo, dona Lola aproveitava para visitar a tia Emília, a única parenta que elas tinham. A tia Emília era o grande orgulho da família de dona Lola. Morava em um magnífico palacete e recebia as sobrinhas com grande boa vontade, desde que elas não trouxessem nenhum problema. Tomavam chá com finos brioches e conversavam com as filhas da tia Emília; Justina, a mais velha, era meio abobada e Adelaide, a mais nova, da idade de Clotilde, que acompanhava a mãe pela casa. Tia Emília era a grande matriarca, mandava na vida de todo mundo, com uma frieza própria dos ricos, adorava falar das tradições das famílias paulistas. Lola, Olga e Clotilde sempre se seguravam para não rir, pois durante todo o caminho até a casa da tia Emília apostavam que ela iria falar isto ou aquilo e invariavelmente acertavam. As tardes na casa de tia Emília eram agradáveis e formais.

Sempre que voltavam do interior, as crianças tinham muito o que contar na escola da Dona Benedita, evidentemente aumentando tudo, e brigavam cada vez que alguém punha em dúvida os bichos e os obstáculos que teriam enfrentado durante as férias. Carlos era sempre o mais reservado nestes assuntos e preferia contar as coisas a Carmen, a filha de Alonso, dono do armazém, que também estudava na classe dele; eles namoravam já há algum tempo, sem mesmo saber direito o que era isto. Carmen tinha onze anos e Carlos quatorze, e se gostavam bastante. Na classe de Isabel estudavam Lili e Lúcio, filhos de dona Genu. Lili era a grande amiga de Isabel. Lúcio se dava melhor com Alfredo, que era quase da sua idade; brincavam sempre juntos. Mas Alfredo quase sempre preferia andar com a pior escória e arrumava briga com os irmãos. Várias vezes dona Lola teve que apartar Carlos e Alfredo, que quase se matavam dentro do quarto. Dona Lola evitava contar sobre estas brigas para seu Júlio, temia que ele batesse nos filhos, achava que ele não compreendia direito as crianças. Uma ocasião, Alfredo repetiu de ano pela segunda vez; seu Júlio deu-lhe uma surra de cinta tão violenta que Alfredo fugiu de casa e só foi encontrado dias depois, por um parente deles. Depois disso, o temperamento de Alfredo piorou ainda mais e o relacionamento de Júlio com os filhos também. O nervosismo de seu Júlio faz com que ele contraia uma úlcera de estômago, obrigando-o a fazer um regime alimentar que ele teima em não seguir, agravando assim gradativamente o seu estado de saúde.

Em 1922, a cidade toda foi assolada pela terrível gripe espanhola. Foi uma seríssima epidemia que atingiu a todos dentro da casa da dona Lola. Uma febre altíssima caracterizada a doença e as pessoas ficavam em um terrível estado de prostação.

Nesta ocasião, a mãe de Júlio tinha vindo de outro estado, onde morava, para passar uns dias na casa da avenida Angélica. Era uma senhora completamente diferente da dona Maria e dos parentes de dona Lola. Era altiva e não ajudava em nada em casa. Várias vezes, dona Lola reclamou com Júlio da atitude da mãe dele e várias vezes, Júlio defendeu a mãe e se colocou contra Lola. Havia entre eles, como entre quase todos os casais, uma disputa de família, um parente era sempre motivo de discórdia. A mãe de Júlio veio para ficar uns dias e acabou ficando quase um mês; neste período ela também contraiu a gripe espanhola e faleceu. Durante este período também Isabel e Julinho quase morreram com a tal gripe. A morte da mãe de Júlio traz um grande transtorno na casa. Foram as providências com o enterro, o dinheiro que é curto, as economias de Lola e o gênio de Júlio. Lola era contra, mas Júlio fez questão que os filhos assistissem todo o funeral da avó e aquela imagem da avó no caixão, na sala cheia de flores ficou gravada indelevelmente na memória de cada um deles. Todos se recusaram, mas foram quase obrigados pelo pai a beijar a avó no caixão, ali no meio da sala. Isto causou terrível pesadelos em todos eles.

Dona Genu, como sempre, foi uma ótima companheira para dona Lola. Ajudou a providenciar tudo no enterro. Na verdade o que dona Genu mais gostava de fazer era enterro. Tinha uma verdadeira fascinação por caixões, flores, velas e cemitério. Sempre que morria alguém na vizinhança ela era a primeira a arrumar todo o enterro, e claro que com a sogra de dona Lola não foi diferente.

Foi um período difícil para o seu Júlio; as despesas com o funeral quase o fizeram perder a casa. O natal foi um dos mais tristes quase não se tinha nada de especial para comer e dona Lola gostava tanto de preparar festas de natal. Dar presentes para todos os filhinhos, vê-los contentes à espera de Papai Noel. Mas em 1922 não foi nada assim, mas eles superaram também esta fase. Felizmente, ajuntando um pouco daqui e dali, a prestação da casa foi paga, era menos um ano que se devia.

Por volta de 1923, seu Assad, o patrão de Júlio, queria ampliar os negócios e em conversa com a esposa, dona Laila, os dois acharam que seria uma boa oportunidade de recompensar o trabalho dedicado de seu Júlio e ofereceram sociedade para ele na loja. Para isso era preciso que Júlio entrasse com um capital um pouco alto, mas que lhe asseguraria uma sociedade em um negócio que estava crescendo a olhos vistos. Júlio se animou com a possibilidade que ele esperava para melhorar a vida, inclusive se surpreendeu com o interesse de seu patrão em tê-lo como sócio.

O problema agora era arrumar o dinheiro; vender a casa era impossível e dona Lola não concordou de maneira alguma e disse: Júlio, eu concordo com tudo o que você quiser, menos vender a casa, a nossa casa, esta é a única coisa que nós temos e que vai nos manter unidos para o resto de nossas vidas !

Júlio também achava isso. E aí só restou uma chance a tia Emília. Dona Lola iria lá, pediria o dinheiro, depois Júlio pagaria com os juros que fossem estipulados, nem discutiria, ou se fosse de todo impossível, pelo menos tia Emília poderia ser fiadora de Júlio em algum banco. Dona Lola se arrumou melhor que pôde e foi falar com a tia rica. Entre os chazinhos e os brioches recebeu um polido, seco e definitivo "não" para ambas as hipóteses. Voltou para casa muito desanimada e deu a notícia para Júlio na hora do jantar. Júlio perdeu a única oportunidade que a vida lhe apresentara, e a partir deste fato tornou-se ainda fechado e irascível, bebia mais, fazia extravagâncias na mesa e sua úlcera piorava dia a dia.

Enquanto Alfredo repete mais um ano, Carlos termina o 2º grau, o que é motivo de grande orgulho para toda a família. Alfredo sente que Carlos é o preferido da família e cada vez se esforça mais para se marginalizar e assim chamar a atenção sobre si. Às vezes seu Júlio leva um ou outro filho com ele na loja e lá eles brincam com a filha do seu Assad, Maria Laura, uma menina muito mimada e cheia de brinquedos, que adora humilhar as crianças mais pobres. Ela na verdade só se dá bem com um dos filhos do seu Júlio, o Julinho, que consegue se fazer querido quando lhe interessa; é o mais inteligente dos filhos, embora não demonstre isso.

Numa de suas vindas para a cidade grande Clotilde, a irmã mais velha de Lola, conhece Almeida, o grande amigo de Júlio. Um lindo e emocionante romance se desenvolve entre os dois. Ele, um homem do mundo, experiente e vivido e ela uma solteirona do interior, cheia de medos e desejos. Esse romance dá muita dor de cabeça para Lola e Júlio e traz uma enorme felicidade para Clotilde, pelo menos até que ela venha a saber a verdade com relação ao Almeida . No interior, a irmã mais nova, Olga, se casa com Zeca mesmo, porque não tinha conseguido um partido melhor. Só que Zeca, depois de casado, resolve tomar as rédeas do casamento e domar a esposa de gênio ruim. Como dizia Clotilde: Bem feito para Olga, esta "cortando um doze" com o Zeca. Apesar de tudo, eles são felizes, e continuam morando no interior. Clotilde fica indo e vindo, às vezes na casa de Olga e às vezes na casa de Lola, cada vez mais apaixonada por Almeida.

A vida de Lola e Júlio se estabiliza novamente. Seu Júlio passa a trabalhar no escritório da loja, que é melhor para as dores que sente. Isabel se forma no ginásio e entra no Normal, Julinho vai bem na escola e acompanha o pai constantemente na loja, Carlos quer cursar medicina e dona Lola sonha agora mais do que nunca com um futuro brilhante para os filhos, embora Alfredo esteja piorando dia a dia na escola.

São Paulo passa agora por um grande e definitivo progresso, que muda o aspecto da cidade. Com uma narração de fotos e filmes da época, todo esse desenvolvimento encerra o primeiro período da novela.

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1921 - 1924

A primeira fase é uma fase feliz,mostra a infancia das crianças e a época onde todos eram unidos,era 1921.Os anos dourados de Dona Lola,que embora tenha que enfrentar os problemas do dia a dia,ela continua otimista,pois tem uma família de seis pessoas!E seis pessoas muito felizes.

Da esquerda pra direita : Julinho,Isabel,Dona Lola,Alfredo e Carlos